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Vigilância em Saúde realiza nova capacitação sobre o escorpião amarelo

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A imagem mostra o escorpião.
O Tityus serrulatus possui as pernas e cauda amarelo-clara, tronco escuro e comprimento de até 7 cm. - Foto: Divulgação/SES

A Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), promove nesta semana o primeiro treinamento de 2019 sobre o controle de escorpiões. Na próxima quinta-feira (17), técnicos do Estado irão a São Leopoldo para capacitar profissionais de diversas áreas quanto ao cuidado na prevenção e manejo do animal peçonhento, assim como o atendimento a pessoas que possam sofrer algum acidente. O município do Vale do Sinos registrou no final do ano passado pela primeira vez a identificação do escorpião amarelo (Tityus serrulatus), espécie venenosa e que não é nativa do Rio Grande do Sul, mas passou a ser visualizado no Estado desde 2001.

Ao longo de 2018, outros municípios que registraram visualização do artrópode também receberam o treinamento por parte da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde do Cevs. No período, foram capacitados profissionais de São Sebastião do Caí, Nova Bassano, Encruzilhada do Sul, Sapucaia do Sul e Gravataí.

Nesta quinta-feira, a atividade ocorre nos turnos da manhã e tarde na Escola de Gestão da Prefeitura Municipal de São Leopoldo. O convite para a participação é direcionado a profissionais das Unidades Básicas de Saúde, hospitais, Samu, servidores das áreas de Vigilância Ambiental, limpeza urbana, bombeiros, defesa civil e outros, de acordo com a definição da Secretaria Municipal da Saúde.

 

Vigilância e monitoramento do escorpião

O primeiro registro de acidente com o escorpião amarelo ocorreu em 2001, em Porto Alegre. A partir de 2005 o artrópode voltou a ser visualizado na Capital assim como em Estância Velha e Uruguaiana. Entre 2015 e 2017, o animal foi identificado ainda em Marcelino Ramos, Nova Bassano, Canoas e São Sebastião do Caí.

No último ano, o número de cidades onde ele foi encontrado aumentou. Além de Porto Alegre e novamente em Canoas, as ocorrências aconteceram em Três de Maio, Encruzilhada do Sul, Santa Vitória do Palmar, Arroio Grande, Sapucaia do Sul e Gravataí, além do caso de São Leopoldo ao final de dezembro.

 

Acidentes e soros

Em 2018 foram notificados 12 acidentes com o escorpião amarelo no Rio Grande do Sul. Eles ocorreram nos municípios de Arroio Grande, Canoas, Cerro Largo, Constantina, Horizontina, Mariana Pimentel, Novo Hamburgo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Vitória do Palmar e São Jerônimo. O número é inferior a 2017, quando foram registrados 17 casos.

 

Para atender essa demanda, a Vigilância em Saúde do Estado distribui o soro em todas as 19 coordenadorias regionais de saúde. São escolhidos hospitais de referências chaves nesses locais, para onde o paciente é encaminhado ou de onde o soro é enviado ao município de ocorrência, dependendo da situação. Também é enviado um quantitativo para as cidades onde é registrado um acidente ou que se identifique a presença do animal.

O Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT) pode ser acionado tanto por profissionais de saúde que necessitam de orientação sobre sintomas, exames e tratamento. O CIT atende 24 horas pelo telefone 0800 721 3000.

 

Medidas de controle/prevenção

Os escorpiões possuem hábitos noturnos, permanecendo escondidos durante o dia em locais úmidos e escuros. Desta forma, a principal medida para evitar a presença do animal é a limpeza periódica de terrenos, evitando o acúmulo de lixo e materiais de construção, pois esses são locais que podem atrair insetos, como baratas, que são sua principal fonte de alimento.

Eles também podem entrar em residências pelas redes de esgoto. Assim, é orientado que se vede ralos e caixas de gordura. Inseticidas ou outros venenos não possuem eficácia comprovada contra a espécie. Também é preciso atenção antes de vestir-se ou calçar um tênis ou sapato, pois o escorpião pode ter se escondido ali.

 

Características

O escorpião amarelo (Tityus serrulatus) tem por característica possui as pernas e cauda amarelo-clara, e o tronco escuro. Tem comprimento de até 7 centímetros. O veneno é injetado por um ferrão na ponta da cauda. Sua reprodução pode ser por partenogenética, ou seja, a fêmea não precisa do macho para a fecundação, podendo gerar até 20 filhotes por vez. A distribuição geográfica do animal era restrita a Minas Gerais, contudo, nos últimos anos a sua presença foi sendo ampliada e hoje já está presente na maioria das demais regiões do país.

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