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Suicídio na infância e adolescência é tema de Seminário Estadual

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Palestrante em cima do palco, fala com um microfone na mão. Atrás, se vê um telão e, no primeiro plano, a plateia.
Seminário Estadual sobre suicídio foi promovido pelo Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio - Foto: Marília Bissigo/Divulgação SES

“Falar de suicídio é falar de saúde pública, pois o Rio Grande do Sul possui as maiores taxas de mortes autoprovocadas do país”, defendeu o médico da família e comunidade André Luís Bendl, na segunda edição do Seminário Estadual “Autolesão e Comportamento Suicida na Infância e Adolescência: Prevenção e Posvenção”, nesta terça-feira (22).

O evento foi promovido pelo Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio e lotou o auditório da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). O Comitê é formado por diversas áreas da Secretaria da Saúde (SES) e outras secretarias estaduais.

Enquanto no Brasil, em 2016, a taxa de suicídio foi de 6,5 suicídios a cada 100 mil habitantes, no Estado esse índice foi de 11,4. “A morte por suicídio é apenas o ato final e toda a sociedade pode contribuir pela prevenção”, colocou o médico. Ele ressaltou também que quem tenta o suicídio não quer realmente morrer, mas sim, interromper uma dor psíquica intensa. “A ideação suicida é um fenômeno complexo e multifatorial. Não tem causa apenas emocional, mas também pode ter impacto genético e neurobiológico”, acrescentou Bendl. “Sofrer é humano. A questão não é sofrer, mas o que se faz com esse sofrimento e ter recursos emocionais para lidar com situações adversas”, concluiu.

O seminário encerra a programação alusiva ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. Esta segunda edição foi realizada para dar oportunidade para quem não conseguiu participar da primeira, no final de agosto, que esgotou as inscrições nos primeiros dias. “A grande procura ao evento nos mostra que os profissionais de saúde e de educação estão preocupados e precisando saber como lidar com esse tema, tão recorrente entre as crianças e adolescentes”, explica Andreia Volkmer, coordenadora do Comitê. Os integrantes do grupo também realizam orientações nas escolas em que são chamados para conversar sobre o assunto com os estudantes.

Prevenção

Para ajudar os profissionais que lidam com essa situação, de áreas como saúde, educação e segurança pública, o Comitê publicou o Guia Intersetorial de Prevenção do Comportamento Suicida em Crianças e Adolescentes.

O material está disponível em formato digital no site da Secretaria da Saúde, pelo endereço saude.rs.gov.br/saude-mental.

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