Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Saúde

Início do conteúdo

Referências médicas no território gaúcho recebem mais transparência a partir desta sexta-feira

Publicação:

Serlio Zanol e o paciente Paulo Roberto Ferreira Costa conversam sentados, separados por uma mesa, num consultório médico. Os dois estão de máscara.

O médico cirurgião geral Serlio Zanol disse que os recursos extras para o hospital impacta diretamente na vida das pessoas

A Secretaria da Saúde (SES) lançou nesta sexta-feira (1°/07) uma nova ferramenta de gestão hospitalar e de regulação que permite não apenas os profissionais da área mas também qualquer cidadão ter acesso às referências das especialidades médicas de todo o Estado. Acesse neste link: ti.saude.rs.gov.br/dgae/referencias

As referências são os locais que possuem um determinado serviço, como consultas, exames e cirurgias de oftalmologia, urologia, ou qualquer outra especialidade e que recebem pacientes de todo um grupo de municípios, pactuado previamente entre todos os entes envolvidos. As referências estavam diluídas em mais de 7 mil documentos chamados Resoluções da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), realizados entre municípios e Estado.

O trabalho que culminou na reorganização e divulgação das referências dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul começou com uma análise de todas essas resoluções, e atualização levando em consideração a real necessidade de serviços de saúde em cada região, informações que constam no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e os contratos vigentes com cada instituição.

De acordo com a especialista em saúde do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Claudete Ivani Panizzi Nunes, o principal objetivo desse trabalho é a regionalização da saúde, ao garantir que o usuário tenha sua assistência mais próximo de sua residência e descentralize serviços da capital. "Há especialidades que antes nunca tiveram nenhuma pactuação de referência e agora estão com fluxos definidos e publicizados", completou Claudete. "Esta é uma organização necessária, pois os cidadãos poderão saber onde buscar cada serviço e os profissionais saberão mais claramente para onde encaminhar cada paciente".

Já foram reorganizadas 24 especialidades médicas em todo território gaúcho. As primeiras foram as oito que mais geravam filas de espera no município de Porto Alegre, como cirurgia geral, cirurgia vascular, coloproctologia e outros. Como exemplo, antes a cirurgia de correção de estrabismo era ofertado apenas em Porto Alegre. Mas este é um serviço que pode ser resolvido em outros locais do Estado, de acordo com nível de complexidade e capacidade instalada em hospitais no interior do Estado. "Porto Alegre deve continuar sendo referência para municípios distantes apenas para o tratamento de doenças mais raras, devido o nível de especialidade necessário nesses casos", falou a especialista. O trabalho segue em andamento, com intuito de abranger todas as especialidades. "Referências são processos dinâmicos, que estão em constante qualificação. O que foi pactuado hoje pode não servir mais depois de algum tempo, então continuaremos revisando", falou a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Fagundes. "Este é um momento de grande de desafio, mas vai valer a pena", pontuou.

O diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade, reforçou que este é um dos movimentos mais corajosos da Secretaria da Saúde: "Não faz sentido um prestador de serviço receber verba pública para atender determinada especialidade e mandar o paciente para ser atendido em outro lugar".

Secretaria da Saúde