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Projeto Tele UTI-RS garante ajuda de excelência para profissionais do RS que tratam de Covid-19

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A imagem mostra uma câmera filmando o Governador Leite, que fala olhando para um notebook.
"Não é só uma consultoria, é um apoio direto aos profissionais que estão na ponta das UTIs gaúchas”, destacou o governador - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

A pandemia do novo coronavírus expôs os agentes de saúde a inúmeros desafios ligados a uma doença desconhecida. Para ajudar na capacitação desses profissionais, o governo do Estado anunciou, nesta quinta-feira (13), uma parceria com centros de excelência no tratamento da Covid-19.

O projeto Tele UTI-RS, como parte do Programa de Apoio Institucional do SUS (Proadi-SUS), vinculado ao Ministério da Saúde, oferece apoio de hospitais que são referências no Brasil no tratamento da Covid-19, como o Hospital do Coração (HCor) e o Sírio Libanês, de São Paulo, e o Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

Os profissionais do Rio Grande do Sul terão à disposição, todos os dias, equipes desses hospitais de referência para discutir os casos de seus pacientes e obter informações sob demanda e adaptadas à realidade local.

“Estamos colocando novos hospitais e novos leitos em funcionamento em todo o RS, e muitos profissionais são chamados a cumprir uma missão inédita no tratamento intensivo. Para garantir a melhor capacitação desses profissionais, estamos firmando essa pareceria. Assim, especialistas e intensivistas que já passaram por situações difíceis e que têm grande expertise no enfrentamento à Covid vão acompanhar os casos específicos de pacientes. Não é só uma consultoria, é um apoio direto aos profissionais que estão na ponta das UTIs gaúchas”, destacou o governador Eduardo Leite durante a transmissão de atualização do enfrentamento à pandemia no Estado nesta quinta-feira (13).

Conforme o governador, pelo menos 25 hospitais gaúchos já estão atendidos ou com termos de compromisso encaminhados e outros 32 estão sendo contatados. A relação se encontra no final deste texto.

O superintendente executivo do HCor, Fernando Torelly, destacou que São Paulo enfrentou o pico da pandemia mais cedo do que o Rio Grande do Sul e, agora, já está reduzindo a taxa de ocupação de leitos.

“Durante esse período, tivemos grande aprendizado sobre essa doença nova. Nossos profissionais já enfrentaram momentos decisivos da pandemia, já tiveram dúvidas sobre medicação, entre outras, e agora poderão ajudar os colegas gaúchos. Tenho certeza de que, ao final de tudo isso, o Rio Grande do Sul será um dos Estados com menor índice de mortalidade pela qualidade dos seus hospitais e profissionais da saúde”, afirmou Torelly.

Como funciona
O médico intensivista coordenador técnico do Tele UTI, André Franz, explicou que o projeto começou como uma troca de experiências para auxiliar no estabelecimento de protocolos hospitalares, mas evoluiu para um acompanhamento diário, por videoconferência, entre as equipes multiprofissionais do hospital de referência e do hospital local. “O grande objetivo é diminuir a sobrecarga de trabalho, porque há uma divisão das decisões com grupo que já tem alguma expertise mais estabelecida, o que traz maior tranquilidade às equipes”, apontou Franz.

Dois médicos que atuam no interior do RS participaram da transmissão pelas redes sociais: Frederico Gomes, intensivista coordenador da UTI Covid do Hospital Sagrada Família, de São Sebastião do Caí, e Juliano Machado, diretor clínico e médico coordenador da UTI Covid do Hospital Frei Clemente, de Soledade.

“Foi um grande desafio para mim e toda nossa equipe, e ainda está sendo, enfrentar uma doença nova, muitos sem nenhuma experiência com terapia intensiva até o momento. Começamos nossa UTI do zero, cada dia é um aprendizado novo e enfrentamos muitas dificuldades. Mesmo com muito empenho, todo mundo está sobrecarregado, faltam profissionais, foi difícil montar escalas e achar gente apta a trabalhar na UTI. Por isso, esse projeto de Tele UTI veio muito a calhar, porque pelo menos uma vez por dia temos uma discussão com um intensivista sobre todos os pacientes. É visível a melhora na assistência. Tanto o retorno dos colegas quanto dos pacientes é incrível”, contou Gomes.

O Hospital Frei Clemente implantou a UTI dois meses atrás e há duas semanas conta com o apoio do projeto Tele UTI. “É impressionante o que aprendemos. Eu, particularmente, nunca aprendi tanto como nesses últimos 15 dias. A gente pode estar na beira do leito mostrando o paciente para o colega que está em outro lugar do Brasil e passa sua experiencia para nós na hora, é instantâneo. Isso gera melhora mais objetiva e rápida aos pacientes, que acabam saindo mais rápido daqui”, afirmou Machado.

HOSPITAIS QUE ADERIRAM OU ESTÃO INGRESSANDO NO TELE UTI-RS
(Até 10 de agosto)

• Fundação Hospitalar Santa Terezinha (Erechim)
• Fundação Hospitalar Sapucaia do Sul (Sapucaia do Sul)
• Hospital Beneficente São Carlos (Farroupilha)
• Hospital Beneficente São Pedro (Garibaldi)
• Hospital Bruno Born (Lajeado)
• Hospital Centenário (São Leopoldo)
• Hospital de Caridade de Ijuí (Ijuí)
• Hospital de Caridade São Jerônimo (São Jerônimo)
• Hospital de Caridade São Roque (Faxinal do Soturno)
• Hospital de Tramandaí (Tramandaí)
• Hospital Frei Clemente (Soledade)
• Hospital Geral de Caxias do Sul
• Hospital Ivan Goulart (São Borja)
• Hospital Nossa Senhora Aparecida (Camaquã)
• Hospital Nossa Senhora das Graças (Canoas)
• Hospital Regional de Santa Maria (Santa Maria)
• Hospital Sagrada Família (São Sebastião do Caí)
• Hospital Santo Ângelo (Santo Ângelo)
• Hospital Santo Antônio (Tenente Portela)
• Hospital São Vicente de Paulo (Osório)
• Hospital Viamão – Instituto de Cardiologia (Viamão)
• Hospital Vida e Saúde (Santa Rosa)
• Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel (São Gabriel)
• Santa Casa de Alegrete (Alegrete)
• Santa Casa de Rio Grande (Rio Grande)

Texto: Vanessa Kannenberg
Edição: Vitor Necchi/Secom

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