A partir desta segunda (10), a população de Lajeado passa a contar com a primeira Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) do município. Localizada na ERS 413, em frente ao Jardim Botânico, no bairro Moinhos D'Água, unidade atenderá situações consideradas de urgência intermediária entre a atenção básica e o pronto socorro, com capacidade para a realização de cerca de 300 atendimentos diários. A cerimônia de inauguração, que ocorreu na tarde de hoje, na sede da unidade, contou com a presença da secretária estadual da Saúde, Sandra Fagundes, do secretário municipal de saúde, Glademir Schwingel, e demais autoridades políticas da região.

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“É preciso desenvolver um trabalho integralizado e, ao mesmo tempo, interfederativo”, destacou Sandra Fagundes. Para a titular da pasta, o processo de monitoramento do trabalho realizado na rede de urgência e emergência no Estado, especialmente no atendimento oferecido com a implantação das UPAs, é uma das principais ações do Governo Tarso.

Segundo a secretária estadual da saúde, as UPAs funcionam como ponto intermediário entre a atenção básica e os hospitais. “A resolutividade, o modo como o trabalho em equipe é efetuado e a vinculação dos atendimentos com as Unidades Básicas de Saúde (UBS), são pontos fundamentais. As UPAs não substituem as UBS, pelo contrário, elas trabalham de modo vinculado na perspectiva de atendimento integral à população”, afirmou.

Na ocasião, Sandra Fagundes citou como exemplo o município de Vacaria, onde a implantação da UPA trouxe grande resposta para a superlotação da urgência e emergência do hospital municipal. “Era preciso criar um instrumento externo que contribuísse com os atendimentos oferecidos na instituição e este dispositivo foi a criação da UPA.”

Com abrangência regional e contando com um investimento de mais de R$ 2 milhões em recursos estaduais, tanto para a obra quanto para a aquisição de equipamentos, a UPA de Lajeado poderá atender um público de 200 mil habitantes, o que a qualifica como unidade de porte II.

Os serviços de saúde serão disponibilizados à população durante 24 horas por dia, nos sete dias da semana. Além dos profissionais responsáveis pela parte administrativa, a equipe contará com mais de 90 trabalhadores de saúde, entre técnicos de radiologia, farmacêuticos, pediatras, clínico gerais, enfermeiros, entre outros.

Para o secretário da saúde de Lajeado, Glademir Schwingel, a criação da unidade é mais um exemplo da parceria efetuada entre o Governo do Estado e os municípios. “A UPA estará dentro de uma rede de saúde regionalizada, onde esta será feita em parceira com o Hospital Bruno Born, reduzindo o fluxo de pacientes no hospital da cidade quando estes atendimentos puderem ser realizados dentro da unidade”. A unidade começará atendendo a população de Lajeado e, a medida que incorporar os processos e fluxos de pacientes, irá ampliar o atendimento aos demais municípios da região nas próximas semanas.

Sob gestão da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), a UPA de Lajeado é a primeira no Rio Grande do Sul a contar com a antecipação de um plus orçamentário, repassado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), aos municípios que colocarem UPAs em funcionamento em 2014. A proposta é uma estratégia do Governo do Estado para estimular o início do trabalho das unidades no atendimento à população.

Para o funcionamento, as UPAs contam com financiamento da União, do Estado e dos municípios. A medida significa antecipar um incremento de financiamento que antes era acessado apenas após a qualificação da unidade. Esta qualificação é obtida com a comprovação da cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e das ações de educação permanente, normalmente no final do primeiro semestre de funcionamento.

Aporte mensal extra de recursos

Na prática, as prefeituras que instalarem as UPAs poderão contar desde o primeiro dia de funcionamento com um aporte mensal extra de recursos, resultante da antecipação da parcela estadual e federal relativa à qualificação das unidades.

Estes valores variam entre R$ 105 mil e R$ 375 mil reais, dependendo do porte da UPA e poderão ser utilizados no custeio, garantindo a verba para folha de pagamento dos servidores e para a manutenção das unidades. Desta forma, o custeio mensal dos primeiros seis meses de uma UPA de porte III passará de R$ 475 mil para R$ 850 mil, considerando os repasses das duas esferas.

A Coordenação Estadual de Urgências e Emergências destaca que esta é a segunda medida de reforço do cofinanciamento das unidades em menos de dois meses. Em dezembro de 2013, os repasses estaduais, que antes variavam de R$ 50 mil a R$ 250 mil dependendo do porte e qualificação, subiram para a faixa que vai de R$ 100 mil a R$ 350 mil.

Texto e foto: Priscila da Silva/SES
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305