O Programa Primeira Infância Melhor (PIM) será tema de um estudo internacional. A brasileira Josiane Paiva, que cursa mestrado em Desenvolvimento Econômico e Gestão de Projetos, na Universidade Paris-Créteil, na França, escolheu o programa estadual como objeto do trabalho de conclusão de curso, em parceria com outras três colegas – uma da França, uma de Gana e outra da Botsuana.

“Nosso objetivo é criar novos produtos ou ferramentas digitais, que possam ser aplicados não só no PIM, mas também levados a outros países em desenvolvimento, com foco na integralidade do cuidado das crianças e na promoção do desenvolvimento infantil”, explica Josiane.

A pesquisadora viu de perto o nascimento e o crescimento do PIM: ela é filha de Maria da Graça Paiva, uma das pessoas que fizeram parte da equipe técnica do programa na época em que foi implantado, há mais de 15 anos. Hoje, Maria da Graça é diretora do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania, da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

Josiane e as outras três mestrandas estarão no Brasil entre os dias 18 e 22 de março para conhecer a prática do trabalho do PIM, por intermédio do acompanhamento de visitas a famílias cadastradas e da troca de informações com a equipe técnica. “O PIM sempre foi para mim uma referência de política pública de qualidade”, falou Josiane. “Queremos contribuir para o aprimoramento do programa e levar essa oportunidade a outras famílias”, completou. O estudo também vai tratar sobre as políticas públicas dessa área nos países de origem de cada uma das pesquisadoras.

Gisele Mariuse Silva, coordenadora estadual do PIM, aprova as iniciativas de estudo acadêmico do programa. “Estamos sempre aprendendo. Precisamos valorizar as pesquisas, por intermédio delas podemos confirmar ou corrigir os rumos do nosso trabalho”, disse.

Josiane e Maria da Graça estiveram na Secretaria Estadual da Saúde nesta sexta-feira (8), para conversar com outra pioneira do PIM: a secretária Arita Bergmann.