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Consultórios remotos vão reduzir fila de espera por consulta oftálmica

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Duas médicas atendem uma senhora. Uma doutora acompanha o atendimento através de uma tela de computador.
Duas unidades estão instaladas em Porto Alegre, no Hospital Restinga e Extremo-Sul. - Foto: Divulgação/SES

Agilizar o diagnóstico de oftalmologia e reduzir a fila de espera por consultas especializadas é o objetivo do projeto Teleoftalmo - Olhar Gaúcho lançado nesta segunda-feira (10) no Rio Grande do Sul, que contará com oito consultórios remotos. Duas unidades estão instaladas em Porto Alegre, no Hospital Restinga e Extremo-Sul onde foi realizada a solenidade de lançamento, e os demais nas cidades de Farroupilha, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Santa e Santa Rosa.

O projeto Teleoftalmologia como Estratégica de Atenção Integral à Saúde Ocular faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). A iniciativa, com investimento de R$ 10 milhões, é resultado da parceria do governo do Estado, Ministério da Saúde, Hospital Moinhos de Vento, TelessaúdeRS-Ufrgs e prefeituras. O Estado participa com o TelessaúdeRS, a contratação dos médicos oftalmologistas e a mediação com os municípios, para a instalação dos consultórios remotos.

"A nossa missão enquanto poder público é melhorar a qualidade de vida das pessoas. O Teleoftalmo é um serviço inovador, fruto de um trabalho conjunto. Quem mais ganha com essa união de esforços é a comunidade, que vai ter acesso ao atendimento oftalmológico de forma ágil, sem grandes deslocamentos e sem esperar tanto tempo na fila por uma consulta", afirmou o governador José Ivo Sartori, que participou da cerimônia de lançamento. 

Sartori também disse que esse é um passo a mais na modernização e na construção de um novo Estado, que cuida das pessoas que mais precisam. "Estamos determinados em ofertar melhores serviços nas áreas essenciais. Ainda há muito a fazer, mas estamos no caminho para a construção do Estado e do futuro que queremos", garantiu Sartori.

A ideia é reduzir o volume de consultas especializadas a partir da avaliação dos casos em espera, classificando o que pode ser resolvido à distância e quais casos exigem consulta presencial. O projeto Teleoftalmo atenderá crianças a partir de oito anos e adultos, com qualquer dificuldade de visão.

"O sistema é muito bom, foram R$ 10 milhões de investimentos, oito polos regionais que vão facilitar muito o acesso de oftalmologia ao povo gaúcho", admitiu o ministro da Saúde, Ricardo Barros. O ministro também afirmou que vai lutar, junto ao Conselho Federal de Medicina, para que sejam autorizadas teleconsultas prévias para outras áreas, com o intuito de reduzir o direcionamento para especialistas quando não há necessidade. "É nossa obrigação como SUS ampliar o acesso e permitir que as pessoas tenham mais atendimento. O ideal é que o atendimento seja integral como se propõe aqui", afirmou.

"O futuro da medicina chegou ao Sistema Único de Saúde", disse o vice-coordenador geral do TelessaúdeRS, Roberto Nunes Umpierre. Segundo o coordenador, no Rio Grande do Sul há uma fila de mais de 15 mil pessoas aguardando uma consulta na área da saúde ocular, sendo a média de espera de um ano. "Precisamos ajudar a reduzir, junto com os governos, a fila de espera por consultas especializadas", garantiu.

A vice-coordenadora do Conselho Municipal de Saúde, Djanira Corrêa da Conceição, falou que a saúde necessita de um olhar diferenciado e que "é preciso qualificar a educação básica. O que queremos é um SUS de qualidade".



Como funciona

O médico do posto de saúde envia sua solicitação via Plataforma do Telessaúde (plataforma telessaude da ufrgs), e a equipe do TelessaúdeRS-Ufrgs efetua o agendamento com o paciente. O exame é realizado remotamente pelos oftalmologistas do projeto, com apoio presencial da equipe de enfermagem.

O paciente já sai com o resultado da avaliação impresso. O laudo também é enviado pela Plataforma de Telessaúde para o médico solicitante, com recomendações de conduta. Diante da necessidade de lentes corretivas, os óculos serão fornecidos sem custo ao paciente, confeccionados por ótica contratada pelo projeto por tomada de preço. Cada consultório terá capacidade de realizar mais de 500 atendimentos por mês.

Para o telediagnóstico, os pacientes passarão pelos seguintes exames: teste de acuidade visual, refração, medida da pressão intraocular, avaliação de pálpebras, da motilidade ocular e dos reflexos pupilares e documentação do segmento anterior e do fundo do olho. A avaliação inclui exame síncrono, em que o médico oftalmologista comanda o equipamento médico à distância, ao mesmo tempo em que acompanha tudo o que acontece nas salas por câmera robotizada de alta resolução.

Estrutura no Hospital Restinga e Extremo-Sul

O Hospital Moinhos de Vento adequou duas salas para instalar os consultórios no Hospital Restinga e Extremo-Sul, que serão referência para moradores de Porto Alegre e da Região Metropolitana. O serviço fica disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Cada consultório é equipado com três câmeras, computadores e equipamentos de diagnóstico oftalmológico.

Reivindicações comunidade

O governador Sartori, ao chegar no Hospital Restinga e Extremo-Sul, atendeu um grupo de moradores e recebeu uma carta com reivindicações da comunidade.


Texto: Cassiane Osório
Edição: Denise Camargo/Secom

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