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Com Programa Avançar, Hospital São Jerônimo fará seis vezes mais cirurgias

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De costas, operário puxa uma escada pequena de madeira no hospital em obras.
Operário trabalha em dos pavimentos que será concluído com o apoio financeiro - Foto: Divulgação/ SES

Em abril de 2014, quando as obras de ampliação do Hospital de Caridade São Jerônimo, em São Jerônimo, começaram, a expectativa era de abertura de 50 novos leitos. Seis anos e meio depois, o apoio financeiro do programa Avançar para as Pessoas na Saúde, do governo do Estado, irá garantir a conclusão da obra em um patamar muito maior.

“Quando essa obra começou, eram para ser só 50 leitos, mais a central de esterilização, centro obstétrico e centro cirúrgico”, explicou o diretor administrativo do hospital, João Batista Pozza. “No decorrer dela, de 50 passamos para 150 leitos”.

A imagem mostra janelas dessa sala e a vista externa.
Uma das salas já está pronta e aguarda equipamento - Foto: Divulgação/ SES

Dos R$ 177,5 milhões investidos pelo programa em 20 hospitais, a unidade receberá R$ 8 milhões. Além dos pavimentos inicialmente previstos, ganhará seis novos ambulatórios de especialidades, além de nova área administrativa, farmácia e lavanderia.

Mantido pela Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Rio Grande do Sul , o São Jerônimo é considerado de média complexidade e conta com 154 leitos, destinados a cirurgia, pediatria, obstetrícia e medicina em geral. Dispõe ainda de pronto-socorro 24 horas, centro cirúrgico, obstétrico, central de material esterilizado e laboratório próprio, atendendo a 400 mil moradores da Região Carbonífera e da Costa Doce.

São 4 mil atendimentos no pronto-socorro, além de 300 cirurgias, 500 internações e 1.200 consultas em especialidades, todas através do Sistema Único de Saúde. Com a nova unidade, serão 11.770 novas internações, 1.800 novas cirurgias e 2.800 novos atendimentos clínicos por ano.

Operário ajeita luz numa peça escura do hospital.
Com a conclusão da ampliação, o hospital terá mais leitos, cirurgias e atendimentos - Foto: Divulgação/ SES

A mudança de paradigma no financiamento da obra, com o governo do Estado oferecendo recursos aos hospitais, é motivo de elogios. “Nunca tínhamos recebido tanto investimento no hospital quanto agora”, assegurou o diretor. “Isso vai fazer com que a gente aumente a capacidade de atendimento. É uma independência para buscar novos serviços, novos procedimentos e novos profissionais”.

Presente na obra desde o primeiro dia, o responsável técnico José Carlos Martins ressaltou a complexidade do trabalho de ampliação. “A construção de um hospital, devido às especificações, é a obra mais complexa, pois envolve desde caldeiras a placas solares. Naturalmente, as coisas são concluídas em seu tempo, mas tão logo terminamos um pavimento, já ocorre a ocupação”.

Edson e a equipe de profissionais (mulheres e homens) olham para a frente. Todos estão de máscara.
Edson (centro) e a equipe que ajudou em sua recuperação - Foto: Edson Diovane Rosa

Foi a referência do atendimento que levou o diretor da Colônia Penal Agrícola de Charqueadas, Edson Diovane Rosa Viana, 45 anos, a buscar o hospital no dia 23 de março, um dia após receber o diagnóstico de covid-19. “Percebi que estava com 75% de oxigenação nos pulmões. Liguei para a médica, que me mandou para o Hospital São Jerônimo. Cheguei lá e só me lembro da parte da manhã. À tarde, não me lembro mais nada”.

Só foi voltar à consciência 33 dias depois. Depois de mais cinco dias internado numa enfermaria, passou também pelo Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, para tratamento das sequelas da doença. “Tive uma recuperação boa. Quinze dias depois, voltei ao trabalho”. Para o atendimento recebido, só elogios. “Tenho um carinho imenso pelo Hospital São Jerônimo, que me devolveu a vida”.

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